[Resenha] Cartas de Amor aos Mortos

em 12 março 2015

Livro: Cartas de Amor aos Mortos
Autora: Ava Dellaira
Editora: Seguinte

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Sinopse:

"Tudo começa com uma tarefa para a escola: escrever uma carta para alguém que já morreu. Logo o caderno de Laurel está repleto de mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Heath Ledger, Judy Garland, Elizabeth Bishop… apesar de ela jamais entregá-las à professora. Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sobre sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas Laurel não pode escapar de seu passado. Só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma. E só quando enxergar a irmã como realmente era — encantadora e incrível, mas imperfeita como qualquer um — é que poderá seguir em frente e descobrir seu próprio caminho."

Esse é mais um daqueles livros que chamam logo a atenção por ter uma capa maravilhosa e um título instigante.
Em Cartas de Amor aos Mortos vamos descobrir como um simples trabalho de escola pode fazer uma grande diferença na vida de uma pessoa.
Laurel sempre foi uma jovem sonhadora e cheia de vida, porém desde a morte de sua irmã mais velha May perdeu a alegria e a vontade de viver.
Tentando fugir de sua dor ela muda de escola e se afasta dos amigos, passando a levar uma vida solitária e dividindo os seus dias entre a casa do pai e da tia.
Em seu primeiro dia da aula no ensino médio, sua professora passa uma simples lição de casa, ela deve escrever uma carta para alguém que morreu.
Ao escrever sua primeira carta para o ídolo de sua irmã, Kurt Cobain, ela descobre uma forma de desabafar e a partir daí então começa a escrever cartas diariamente para vários astros que já faleceram contando o seu dia a dia e relembrando o passado.

“Talvez ao contar histórias, por pior que sejam, não deixemos de pertencer a elas. Elas se tornam nossas. E talvez amadurecer signifique que você não precisa ser personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora.”

Os capítulos são compostos pelas cartas escritas por Laurel e através delas a personagem vai descobrindo uma forma de lidar com os fantasmas de seu passado e superar a dor da perda de May.
Com uma narrativa um tanto quanto poética, a história tem um ritmo mais lento no inicio, porém logo engrena, conquistando e prendendo o leitor.
Misturando drama, romance e mistério, o livro nós ensina que para enfrentar todos os obstáculos que surgem em nossa vida precisamos encará-los de frente e por mais dolorosos que eles sejam nos fazem amadurecer e trazem sempre algum aprendizado.

“Você pode achar que quer ser salva por outra pessoa, ou que quer muito salvar alguém. Mas ninguém pode salvar ninguém, não de verdade. Não de si mesmo. Você pega no sono no pé da montanha, e o lobo desce. E você espera ser acordada por alguém. Ou espera que alguém o espante. Ou atire nele. Mas, quando você se dá conta de que o lobo está dentro de você, é quando entende. Não pode fugir dele.”

Com personagens reais, Ava Dellaira expõe dramas comuns entre os jovens, como o uso abusivo do álcool e das drogas.
Ela nos mostra que para escrever um bom livro, nem sempre é necessário criar histórias mirabolantes e que tragam grandes reviravoltas em seu decorrer.
Através de sua sutileza e simplicidade o livro me encantou e emocionou bastante, me deixando bem curiosa para ver como ficará a sua adaptação para o cinema.
Este é apenas o primeiro livro escrito pela autora e estou na torcida para que em breve ela lance outros, pois gostei muito da sua escrita. 
Com uma história bonita e envolvente é uma leitura que vale muito a pena, mesmo para aqueles que não gostam de livros com um conteúdo mais dramáticos e reflexivos. 

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