[Resenha] Dois garotos se beijando

em 06 maio 2015

Livro: Dois garotos se beijando
Autora: David Levithan
Editora: Galera Record

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Sinopse:

Dois Garotos se Beijando - Baseado em fatos reais e em parte narrado por uma geração que morreu em decorrência da Aids, o livro segue os passos de Harry e Craig, dois jovens de 17 anos que estão prestes a participar de um desafio: 32 horas se beijando para figurar no Livro dos Recordes. Enquanto tentam cumprir sua meta — e quebrar alguns tabus —, os dois chamam a atenção de outros jovens que também precisam lidar com questões universais como amor, identidade e a sensação de pertencer. 



Ao receber Dois Garotos se Beijando de surpresa da Galera Record confesso que não fiquei muito animada para fazer a leitura, pois a sua capa e sinopse até então não haviam despertado a minha curiosidade.
Após ler e ouvir vários elogios a respeito da história resolvi então dar uma chance ao livro e acabei me surpreendendo.
Com um enredo polêmico, intenso e reflexivo, o autor descreve de forma quase poética a história de vários garotos gays que estão vivendo em diferentes estágios da vida.
São garotos de lugares diferentes que vivem histórias que se passam ao mesmo tempo e se entrelaçam.
Tem aqueles que ainda estão se descobrindo, outros que estão enfrentando o preconceito e a homofobia e também os que estão se assumindo perante os pais e a sociedade.

“O amor é tão doloroso; como podemos desejar para alguém? O amor é tão essencial; como podemos atrapalhar o progresso dele?”

O livro é narrado em primeira pessoa do plural (nós), por homossexuais que viveram em décadas passadas e em sua maioria faleceram em decorrência da AIDS. Eles já passaram pelas as aflições e anseios que os protagonistas dessa história estão passando agora e por isso estão acompanhando tudo de perto e torcendo para que eles tenham um final feliz.
Ao longo das 224 páginas conhecemos três histórias diferentes, a principal é a de Harry e Craig dois ex-namorados que hoje são melhores amigos e juntos decidem quebrar o record mundial do beijo mais longo e ficar mais de 32 horas se beijando sem parar.
Harry sempre contou com o apoio incondicional dos pais, já Craig nunca teve coragem de assumir o que é perante a família.
Enquanto acompanhamos o desafio vivido por esses dois garotos, conhecemos também outros personagens com histórias fascinantes e envolventes que nos fazem refletir bastante sobre o mundo ao nosso redor e sobre as dificuldades enfrentadas pelos homossexuais diariamente.    

“Dezenas de milhares de pessoas vão morrer antes que os remédios sejam feitos e os remédios sejam aprovados. Que sensação horrível é de essa a de saber que, se a doença tivesse afetado primeiramente presidentes de associações de pais e mestres, ou padres, ou garotas brancas adolescentes, a epidemia teria acabado anos antes e dezenas de milhares, se não centenas de milhares de vidas seriam salvas. Não escolhemos nossa identidade, mas fomos escolhidos para morrer por meio dela”.

A todo o momento senti que além de ser um livro que todos deveriam ler é um livro essencial principalmente para quem vive ou já viveu uma realidade semelhante à dos personagens, pois irão encontrar nele uma identificação capaz de acalmar nos momentos necessários e trazer respostas a possíveis dúvidas e questionamentos presentes na vida dos homossexuais.
David Levithan sabe escrever sobre o amor como ninguém e assim como me conquistou em Todo Dia foi capaz de me conquistar novamente com esta história sobre a incansável busca pelo amor, aceitação e respeito.
Uma leitura curta e rápida, porém repleta de sentimentos capaz de tocar facilmente o coração do leitor.


Um comentário:

  1. Estou louca de vontade de ler este livro.
    Quando você recebeu e disse que não estava com vontade de ler o livro, até fiquei chateada, rsrs, mas agora, com esse tanto de sentimento na resenha, eu tô te adorando de novo, rsrs.

    Vou ler sim e te conto!!!

    Bjks

    Lelê - http://topensandoemler.blogspot.com.br/

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