"Ficou sentada por um tempo, atordoada, recusando-se a encarar o óbvio: ele não estava desaparecido, não jazia no fundo de uma ravina. Havia apenas ido escalar, deixando-a sem uma palavra."
Após passar por uma depressão profunda, vender a casa, sair do emprego e ir morar junto com a irmã, sua vida finalmente está entrando nos eixos.
Agora ela é enfermeira particular de uma idosa chamada Dorothea, trabalha 12 horas por dia e está finalmente começando a pensar em dar uma nova chance para o amor, até que um dia cruza com Fin no supermercado e descobre que ele voltou para a cidade.
Será que é possível que ela o perdoe e eles recuperem os 3 anos perdidos, desde que ele foi embora?
"Ela se perguntou se ele havia mudado. Mas que diferença faz se ele mudou ou não?, perguntou a si mesma."
Diferente do que possa parecer o foco desse livro não é o romance, você não vai encontrar aqui uma grande história de amor para chorar, sofrer, se apaixonar e torcer. “Quando você voltou para a minha vida” fala sobre relacionamento abusivo, dependência emocional, depressão, violência contra idosos, relações familiares e principalmente sobre colocar todas as expectativas da sua vida em um relacionamento e deixar todo o resto de lado se anulando por conta de outra pessoa.
"- Você mudou, Flo?
Ela pensou sobre a pergunta e percebeu o imenso abismo que havia entre a pessoa ingênua e confiante que ela era quando estava com Fin e a mulher reclusa e ressabiada que havia se tornado desde então."
Ao longo da narrativa Flora tem que se redescobrir, saber o que realmente gosta, o que realmente deseja e principalmente o que há faz feliz de verdade.
Confesso que em um primeiro momento eu esperei encontrar outro tipo de história nesse livro e por isso demorei um pouco para me conectar totalmente com a história. Porém na parte final acabei me apegando aos personagens e até me emocionei em vários momentos.
Acho que o grande segredo desse livro é ler sem criar grandes expectativas sobre o romance e focar mais no que a história pode te oferecer além dele.
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